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Top Pop Nasceu para isso 3

Já falamos daqueles artistas que fizeram fama revolucionando personagens criados por outros autores e daqueles que fizeram isso com seus prórpios personagens. Mas ainda assim a expressão "nasceu pra isso" se aplica a uma série de quadrinhistas que não se enquadram (com o perdão do trocadilho infame) em nenhuma destas categorias. São artistas que têm talentos mais singulares que não se aplicam somente a determinados personagens ou gêneros.

Fazendo uma analogia com outras áreas, seria como falar dos dribles de Garrincha ou os solos de guitarra de Jimi Hendrix - o tipo de coisa que faz de seu trabalho um espetáculo que todos nós adoramos ver.

1- Neil Gaiman
: Depois de Gaiman as histórias de fantasia, em praticamente todas as mídias, não serão mais a mesma coisa. Quando começou sua carreira na DC, na onda de reformulações de personagens de segunda classe, Gaiman foi muito além e acabou por estabelecer os preceitos de tudo que se refere à magia e ao sobrenatural no Universo DC. Sandman e Os Livros da Magia são as principais obras neste aspecto. De lá pra cá, todo autor de quadrinhos, seja da DC ou não, deve alguma a Gaiman quando se trata de falar destes temas. Como se não bastasse, ele ainda tem feito incursões muito bem sucedidas em outras mídias, como a literatura (com os romances Deuses Americanos, Os Filhos de Anansi e Coraline, entre outros) e o cinema, especialmente com a adaptação de sua novela Stardust. Por essas e outras é que Neil Gaiman nasceu para escrever hisórias de fantasia.

2- Adam Hughes: Ninguém liga muito para o fato dele não desenhar uma página sequer de quadrinhos há muitos anos, basta que ele continue ilustrando as capas de alguma personagem de formas esculturais. Adam Hughes nasceu para desenhar mulheres bonitas. Apenas algumas dessas capas são capazes de prender a atenção leitor por mais tempo do que alguns títulos inteiros.

3- Alex Ross
: Quando Ross começou a fazer sucesso, o gênero de super-heróis estava em umas de suas piores fases, com uma escassez de idéias quase insuportável. Então, com duas histórias fabulosas, Marvels e Reino do Amanhã, Ross nos mostrou que não era preciso mudar muita coisa para tornar aqueles heróis interessantes denovo. Ele fez questão de nos apresentar, em seu estilo realista, as versões mais clássicas destes heróis, acreditando que seu aspecto mítico poderia ser maior do que qualquer reformulação proposta para os novos tempos. E o resultado impressiona: só mesmo Ross pode nos convencer a admirar um pintura realista de um marmanjo vestindo uma fantasia de super-herói. Por isso afirmamos que Ales Ross nasceu para desenhar super-heróis.

4- Stan Lee
: Podem até falar que ele perdeu o jeito e o juízo com a idade avançada, mas o fato é que Stan Lee nasceu para humanizar os super-heróis. Mais do que criar toda a fundação de onde seria construída a Marvel Comics, ele garantiu que os personagens da editora tivéssem um estilo peculiar, um forte componente humano que garantisse que eles tivessem uma vida complexa, com problemas reais. Ele tornou o Homem-Aranha um personagem carismático justamente porque, no final do dia, depois de combater um cara fantasiado de abutre, ele ainda tinha que pensar como iria comprar os remédios de sua pobre e doente tia.

5- George Pérez: Alex Ross pode ser o cara quando se fala de desenhar super-heróis, mas quando o assunto é fazer um grande encontro de super-heróis você precisa de George Pérez. Ele já até declarou que gosta de desenhar grupos de super-heróis e que adora fazer malabarismos para encaixar o maior número de personagens possíveis em um quadrinho. Dessa forma ele foi ampliando o espectro de personagens començando com grupos pequenos como o Quarteto Fantástico indo para mais numerosos como Os Vingadores, Os Novos Titãs, mas, seu grande momento, aquele que somente ele poderia ter feito foi as megasséries: Crise nas Infinitas Terras e Liga da Justica/Vingadores. Nessas histórias ele trabalhou intensamente para montar páginas ricas em detalhes, com tantos personagens obscuros que o leitor poderia passar hora brincando de "onde está Wally" em suas revistas.

 

 
 

 

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